Escola DMA

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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Autor do mês de Outubro

LUIS SEPÚLVEDA


Luis Sepúlveda é um escritor, realizador, jornalista e activista. Nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de Outubro de 1949. Reside actualmente em Gijón, na Espanha, após viver entre Hamburgo e Paris. Membro activo da Unidade Popular chilena nos anos setenta, teve de abandonar o país após o golpe militar de Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil. Uruguai, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Sepúlveda era, na altura, amigo de Chico Mendes, herói da defesa da Amazónia. Dedicou a Chico Mendes “O Velho que Lia Romances de Amor”, o seu maior sucesso. Perspicaz narrador de viagens e aventureiro nos confins do mundo, Sepúlveda concilia com sucesso o gosto pela descrição de lugares sugestivos e paisagens irreais com o desejo de contar histórias sobre o homem, através da sua experiência, dos seus sonhos, das suas esperanças.
Bibliografia: As Rosas de Atacama; Contos Apátridas; Diário de um Killer Sentimental; Encontro de Amor num País em Guerra; O General e o Juiz; História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar; Histórias do Mar; Mundo do Fim do Mundo; Nome de Toureiro; O Velho que Lia Romances de Amor; Patagónia Express; Os Piores Contos dos Irmãos Grimm; Uma História Suja.

O Poder dos Sonhos
Sinopse: "Sonhamos que é possível outro mundo e tornaremos realidade esse outro mundo possível", afirma Luis Sepúlveda, e esta não é apenas uma declaração de intenções. Como é seu hábito, o escritor chileno usa o seu talento de narrador para denunciar o estado de inquietação do país que ama e que o viu nascer, do país onde escolheu viver e do mundo inteiro em geral. O empenho cívico que o incita a acusar a veiculação de informação corrompida, a condenar "o indigno atoleiro que hoje é o Iraque", a criticar a guerra e a mostrar a sua indignação pelas vítimas da tortura ou do "friendlyfire" possui a mesma profunda raiz humana com que recorda as companheiras e companheiros dos afortunados anos de Salvador Allende e com que homenageia os amigos de sempre. É portanto um forte sentimento de humanidade o que une as histórias e reflexões aqui reunidas, sempre pontuadas por uma convicta e apaixonada participação no destino dos marginalizados, dos esquecidos e das vítimas.


Histórias Daqui e Dali

Conjunto de 25 relatos onde as palavras do autor nos remetem sempre para um mesmo território literário: o território dos derrotados que se negam a aceitar a derrota. 
«Tá, diz-se em uruguaio quando se procura afirmar com ênfase, e Tá respondeu Mario Benedetti quando a decência perguntou se havia que arriscar pelos pobres, pelos fracos, pelos condenados da terra, pelos que não tinham direito à alegria, pelos que sonhavam com uma existência justa, por uma palavra ‘amanhã’ plena de sentido.»


Patagónia Express
Patagónia Express é um caderno de apontamentos que relata as viagens do Autor durante o período de exílio – motivado pela incompatibilidade dos seus ideais com o regime de Pinochet – através das terras acidentadas e gélidas da Patagónia/ Terra do Fogo. Com alguns desvios da rota até ao Equador, Brasil, Bolívia e, a derradeira etapa, a soalheira Andaluzia, a terra dos seus antepassados. Trata-se um conjunto de crónicas de viagens, que contêm uma cadeia de peripécias, alternadas com episódios de uma beleza poética.



Últimas Notícias do Sul
Últimas Notícias do Sul é o resultado de uma viagem que Luis Sepúlveda e Daniel Mordzinski, amigos de longa data, decidiram fazer pela Patagónia, no final dos anos 90. Lá descobriram um mundo que praticamente não existe nos dias de hoje; Sepúlveda tirou notas, Mordzinski fotografou.






O velho que lia romances de amor
Antonio José Bolívar Proaño vive em El Idilio, um lugar remoto na região amazónica dos índios shuar, com quem aprendeu a conhecer a selva e as suas leis, a respeitar os animais que a povoam, mas também acaçar e descobrir os trilhos mais indecifráveis.
Um certo dia resolve começar a ler, com paixão, os romances de amor que, duas vezes por ano, lhe leva o dentista Rubicundo Loachamín, para ocupar as solitárias noites equatoriais da sua velhice anunciada. Com eles, procura alhear-se da fanfarronice estúpida desses "gringos" e garimpeiros que julgam dominar a selva porque chegam armados até aos dentes, mas que não sabem enfrentar uma fera a quem mataram as crias.


História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

Esta é a história de Zorbas, um gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar. Tudo isto com a ajuda dos seus amigos Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello, dado que, como se verá, a tarefa não é fácil, sobretudo para um bando de gatos mais habituados a fazer frente à vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a fazer de pais de uma cria de gaivota...

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